Tavares Abreu & Oliveira Advogados

Golpe empréstimos: como funciona no empréstimo consignado e como se proteger

O empréstimo consignado é uma das modalidades de crédito mais acessíveis no Brasil, principalmente por oferecer taxas de juros mais baixas em comparação a outros financiamentos. Porém, justamente por sua popularidade, ele também se tornou alvo frequente de criminosos. O chamado golpe empréstimos nessa modalidade tem prejudicado milhares de consumidores, explorando situações de urgência financeira e falta de informação.

Neste guia, você vai entender como o golpe do empréstimo consignado acontece, quais são os sinais de alerta, os principais tipos de fraude e o que fazer para se proteger.

O que significa empréstimo consignado?

O empréstimo consignado é um crédito em que as parcelas são descontadas diretamente do salário, aposentadoria ou pensão do contratante. Por conta dessa garantia de pagamento, os bancos oferecem condições mais atrativas e juros menores.

Apesar da praticidade, essa segurança para a instituição financeira também abre brechas para fraudes, já que criminosos se passam por agentes ou bancos para aplicar o golpe empréstimos nessa categoria.

Como funciona o golpe do empréstimo consignado?

No golpe empréstimos consignados, os fraudadores geralmente entram em contato com a vítima se passando por representantes de instituições financeiras, oferecendo condições “imperdíveis”: taxas de juros muito abaixo da média, liberação imediata de crédito ou facilidades na renegociação de dívidas.

O que acontece na prática é que, ao coletar dados pessoais e bancários, os golpistas:

  • contratam empréstimos em nome da vítima sem autorização;
  • desviam o dinheiro para contas fraudulentas;
  • ou ainda cobram “taxas de antecipação” que nunca retornam.

Como evitar o golpe empréstimos no consignado

  • Desconfie de ofertas milagrosas: taxas muito baixas e promessas de crédito rápido são sinais de alerta.
  • Verifique a instituição: confirme se o banco ou financeira está autorizado pelo Banco Central.
  • Nunca forneça dados pessoais por telefone ou mensagens: use apenas canais oficiais.
  • Cuidado com documentos em branco: nunca assine contratos sem ler todas as cláusulas.
  • Monitore seu contracheque: acompanhe se há descontos de empréstimos que você não contratou.

Tipos mais comuns de golpe empréstimos no consignado

  1. Desvio de recursos: empréstimos são liberados, mas o valor é redirecionado para golpistas.
  2. Renegociação falsa: criminosos oferecem “condições melhores” e usam os dados da vítima para aplicar fraudes.
  3. Cessão de crédito fraudulenta: simulam transferência de dívida para outro banco e fazem novo empréstimo.
  4. Falsos representantes: se passam por funcionários de bancos para roubar informações.
  5. Golpe da ação judicial: dizem que a vítima tem valores a receber, mas exigem pagamento antecipado.
  6. Fraude online: sites falsos oferecem crédito consignado e coletam dados sigilosos.
  7. Assinatura de contrato em branco: usada para contrair empréstimos em nome da vítima.
  8. Depósito indevido: criminosos depositam dinheiro e pedem devolução, mas a vítima envia recursos próprios.
  9. Notificação falsa: informam uma suposta transação suspeita e pedem códigos de autenticação.
  10. Golpes direcionados ao INSS: aposentados e pensionistas são alvos frequentes por sua renda fixa.

O que fazer se cair em um golpe empréstimos consignados

  • Avise o banco imediatamente e solicite bloqueio das operações suspeitas.
  • Registre boletim de ocorrência, relatando todos os detalhes.
  • Bloqueie cartões e contas para evitar mais prejuízos.
  • Procure um advogado especializado em direito bancário, que poderá ingressar com ações para cancelar contratos fraudulentos e buscar restituição de valores.
  • Notifique órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, para ampliar as chances de resolução.
  • Mantenha todos os registros, como mensagens, e-mails e comprovantes.

Cancelamento e recuperação de valores

Caso tenha sido vítima de golpe empréstimos no consignado, é possível solicitar o cancelamento do contrato junto ao banco, apresentando boletim de ocorrência e provas da fraude. Se não houver solução administrativa, uma ação judicial pode garantir o cancelamento e até a devolução do dinheiro.

Com o auxílio de um advogado, também é possível pleitear indenização por danos morais e materiais, principalmente quando o desconto indevido comprometeu parte da renda essencial.